Estudos apontam que cerca de 40% a 80% dos indivíduos diagnosticados com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) costuma apresentar Seletividade Alimentar. Essas pessoas podem criar barreiras às novas experiências, tendendo a adquirir mais problemas alimentares do que pessoas típicas.
A seletividade alimentar é uma das alterações comportamentais e está associada à desordem sensorial que atinge de forma direta a aceitação de alimentos e texturas. Antes da investigação sensorial, é relevante buscar outros fatores que podem provocar o distúrbio alimentar como fatores orgânicos, neuromotores, orais, comportamentais e também experiências negativas.
Alguns erros cometidos por pais e familiares de crianças dentro do espectro reforçam a resistência dos pequenos aos alimentos ou ao horário das refeições.
Abaixo relacionamos cinco dos erros mais comuns e que devem ser evitados:
– Mudanças na rotina da criança;
– Misturar os alimentos no prato;
– Oferecer petiscos nos intervalos;
– Ausência de intervalos fixos para as refeições;
– Impor à criança que experimente algum tipo de alimento.
O ideal é que se procure o mais cedo possível a identificação de respostas sociais, emocionais e comportamentais inadequadas nas diversas situações do cotidiano por meio de um profissional especializado.
Com a ajuda de um Terapeuta Ocupacional a criança será beneficiada por um trabalho planejado em conjunto com a família, através da elaboração de atividades de exploração e pela vivência sensorial que irão sempre buscar respostas adaptativas mais complexas e comportamentos sociais e emocionais mais adequados.
REFERÊNCIAS:
SUAREZ M. Sensory Processing in Children with Autism Spectrum Disorders and Impact on Functioning. Western Michigan University, 2013; 204-211
CARVALHO J. et al. Nutrição e Autismo: Considerações sobre a alimentação do autista, Araguaina. 2012; 5: 1-6.
DANONE NUTRICIA. Guia sobre como prevenir e manejar a seletividade alimentar em crianças com Alergia Alimentar. JUN 2020