O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição complexa que afeta o desenvolvimento social, a comunicação e o comportamento. Uma das maneiras de entender melhor o TEA é através da classificação em diferentes níveis, baseados na intensidade dos sintomas e na necessidade de suporte. No contexto atual, com base nas diretrizes do DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), o autismo é dividido em três níveis: leve, moderado e severo.
NÍVEL 1
Indivíduos classificados como nível 1, ou com “autismo leve”, apresentam dificuldades na interação social e na comunicação, mas conseguem lidar com muitas situações do dia a dia com uma certa autonomia. Eles podem ter problemas para iniciar e manter conversas, interpretar expressões faciais e compreender nuances na comunicação. No entanto, essas dificuldades são relativamente sutis e muitas vezes passam despercebidas, o que pode atrasar o diagnóstico. Pessoas com autismo leve geralmente conseguem se adaptar a mudanças, apesar de preferirem rotinas estabelecidas, e tendem a apresentar comportamentos repetitivos e interesses restritos, mas em menor grau.
NÍVEL 2
O nível 2 do TEA, ou “autismo moderado”, caracteriza-se por dificuldades mais significativas na comunicação e interação social, além de comportamentos repetitivos mais pronunciados. Indivíduos nesse nível precisam de suporte substancial para realizar atividades diárias e enfrentar situações sociais. Eles podem ter maior dificuldade em compreender e utilizar a linguagem verbal e não verbal, necessitando de apoio para iniciar ou manter interações sociais. Além disso, apresentam resistência a mudanças e podem necessitar de preparação prévia para lidar com novos ambientes ou rotinas. As estereotipias, ou movimentos repetitivos, são mais visíveis nesse grupo, assim como os interesses restritos que podem interferir nas interações sociais e na adaptação a novas situações.
NÍVEL 3
O nível 3, ou “autismo severo”, é o grau mais intenso do espectro autista, onde os indivíduos apresentam dificuldades significativas em todas as áreas do desenvolvimento. Esses indivíduos necessitam de suporte muito substancial para realizar as atividades cotidianas. A comunicação verbal pode ser mínima ou inexistente, e a interação social é extremamente limitada. Comportamentos repetitivos e interesses restritos são muito intensos, e a resistência a mudanças é alta, o que pode causar grande estresse e frustração. A necessidade de apoio é contínua e intensa, abrangendo todas as áreas da vida, desde a comunicação até o comportamento e a rotina diária.
A CAMINHADA NO ESPECTRO
É importante destacar que o TEA não é uma condição estática. Com intervenção adequada e precoce, muitas pessoas podem progredir significativamente em relação ao seu nível de funcionamento inicial. Esse progresso, conhecido como “caminhar no espectro”, depende de uma série de fatores, incluindo a intensidade e a qualidade dos estímulos e tratamentos recebidos, a idade em que o tratamento é iniciado e a colaboração entre família, escola e profissionais de saúde. Intervenções personalizadas e intensivas, especialmente nos primeiros anos de vida, podem facilitar esse desenvolvimento.
Cada indivíduo com TEA é único, e as características e necessidades podem variar amplamente, mesmo entre aqueles classificados no mesmo nível. O diagnóstico precoce e a intervenção contínua são fundamentais para maximizar o potencial de cada pessoa, promovendo uma melhor qualidade de vida e maior independência.
Para entender melhor e oferecer o apoio adequado, é essencial considerar as especificidades de cada caso, promovendo um ambiente inclusivo e compreensivo para todas as pessoas dentro do espectro autista. O Próximo Degrau é referência nacional em intervenção para o autismo, conte com a nossa equipe para proporcionar o suporte que você precisa!
