A campanha Janeiro Branco foi criada em 2014 com o objetivo de conscientizar as pessoas sobre as questões relacionadas à saúde mental e emocional, despertando assim na sociedade e nas autoridades a necessidade de promover o cuidado do corpo e da mente. Além disso, a campanha objetiva promover a quebra de paradigmas e tabus que giram em torno da temática sobre tratamentos psiquiátricos.
Como o mês de janeiro traz consigo a simbologia de recomeço, de novos votos e novas metas, este é o momento ideal para as pessoas estarem mais abertas a pensar nas relações com o seu eu interno e com o mundo, nas suas condições e emoções.
Os desafios trazidos pela pandemia contribuíram para que o tema saúde mental se tornasse atual e ainda mais importante. Também exigiram de nós maior atenção com a saúde mental no quesito pessoal, profissional e acadêmico.
Cada um de nós tem um histórico de vida, valores, crenças que são os fatores que de alguma forma nos direcionam para tomada de decisões e ou reação frente às situações adversas.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a depressão é considerada como o mal do século e atinge um número aproximado de 300 milhões de pessoas no mundo. Essa enfermidade contribui para o desenvolvimento de várias outras, mas não podemos esquecer que também colaboram para a instabilidade mental: o alcoolismo, o isolamento social, perdas recentes, traumas antigos e dependência química.
A abordagem do tema é um primeiro passo para que se possa alcançar espaços privados, laborais e acadêmicos mais saudáveis.
E quanto aos indivíduos dentro do Transtorno do Espectro do Autismo (TEA)? Como ajudá-los a manter a saúde mental?
De acordo com pesquisas médicas, as pessoas com TEA têm 4 vezes mais risco de desenvolver depressão durante a vida do que uma pessoa neurotípica. Os desafios sociais e genéticos somados às dificuldades rotineiras de comunicação, contribuem para o desenvolvimento de um possível quadro de ansiedade e outros problemas mentais que podem evoluir para um diagnóstico de depressão nesses indivíduos.
É importante que essas pessoas dentro do espectro tenham desde cedo um acompanhamento terapêutico adequado e que sejam observadas também as suas necessidades de lazer e sociais.
Na escola, os professores, orientadores educacionais e gestores devem estar atentos às demandas de alunos dentro do transtorno do espectro do autismo e a partir daí, planejar e inserir no planejamento atividades que promovam a integração destes com os colegas neurotípicos.
Também é importante frisar para outras crianças o valor da diversidade e que respeito é uma parte fundamental da formação cultural. Assim, todos convivem melhor.
Todos podem participar e contribuir com a campanha Janeiro Branco. No portal www.janeirobranco.com.br é possível fazer o download gratuito de todo o material de divulgação da campanha para que as pessoas e empresas possam apoiar a causa divulgando em suas redes sociais, sites e afins.
Referências:
Site www.janeirobranco.com.br, acesso em 3 de janeiro de 2021
Site www.jadeaustism.com, acesso em 3 de janeiro de 2021