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Hiperfoco no autismo

hiperfoco no autismo
O hiperfoco é uma característica marcante em muitas pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Trata-se de uma atenção intensa e prolongada em um tema, atividade ou interesse específico. Enquanto o foco extremo pode ocorrer em qualquer pessoa, no caso do autismo, ele costuma ser mais persistente e profundo, tornando-se uma parte central da experiência de vida da pessoa.

O que é Hiperfoco?
O hiperfoco é uma característica marcante em muitas pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Trata-se de uma atenção intensa e prolongada em um tema, atividade ou interesse específico. Enquanto o foco extremo pode ocorrer em qualquer pessoa, no caso do autismo, ele costuma ser mais persistente e profundo, tornando-se uma parte central da experiência de vida da pessoa.

Como o hiperfoco se manifesta no autismo?

No autismo, o hiperfoco geralmente está associado a interesses restritos e pode levar a longos períodos de dedicação a um único tema, como dinossauros, números, carros, planetas ou até mesmo objetos do cotidiano. Essa intensidade de interesse pode resultar em:

Concentração prolongada: a pessoa pode passar horas imersa no tema de interesse, ignorando atividades básicas como comer ou dormir.

Isolamento social: a preferência por atividades individuais relacionadas ao hiperfoco pode dificultar a interação com outras pessoas.

Detalhismo e profundidade: o nível de conhecimento ou habilidade adquirido em relação ao interesse pode ser impressionante, indo muito além do habitual para pessoas neurotípicas.

Hiperfoco: benefício ou desafio?

O hiperfoco pode ser uma faca de dois gumes. Por um lado, ele permite que a pessoa com TEA desenvolva habilidades especializadas e um conhecimento profundo em áreas de interesse. Por outro, pode dificultar a realização de tarefas importantes, como interações sociais, obrigações escolares ou profissionais, e até cuidados básicos.

Além disso, o hiperfoco pode atuar como um mecanismo de regulação emocional em momentos de estresse, oferecendo conforto e estabilidade. No entanto, quando se torna excessivo, pode limitar a vivência de outras experiências e prejudicar a qualidade de vida.

Como lidar com o hiperfoco?

Pais, cuidadores e profissionais podem ajudar a equilibrar os benefícios e os desafios do hiperfoco:

Promova pausas e diversificação: incentive a criança a explorar outros interesses e participe de atividades variadas para evitar o isolamento.

Aproveite os pontos fortes: utilize o hiperfoco para engajar a criança em aprendizado ou desenvolvimento de habilidades relacionadas ao tema de interesse.

Estabeleça limites saudáveis: ensine a importância de equilibrar o tempo dedicado ao hiperfoco com outras atividades diárias.

O hiperfoco, quando bem compreendido e trabalhado, pode ser uma força para o aprendizado e o desenvolvimento pessoal. No entanto, é importante observar como ele afeta a vida da pessoa com TEA e buscar estratégias para integrá-lo de forma saudável à sua rotina.

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