A disgrafia é um transtorno que afeta a habilidade da escrita, uma dificuldade motora ao escrever que prejudica a qualidade da escrita. A caligrafia afetada apresenta as letras pouco diferenciadas, ou seja, quase sem distinção uma da outra, além de serem mal elaboradas e proporcionadas.
As causas da disgrafia podem ser maturativa (onde há uma alteração na motricidade e equilíbrio), caracteriais (fatores psicoafetivos e aspectos da personalidade) e pedagógica (forma de ensino, uso de materiais inadequados e velocidade na aprendizagem).
Sua avaliação é feita através da observação por uma equipe multidisciplinar onde se leva em conta o grafismo da criança em relação ao layout da página, a regularidade das letras (formato, proporção), espaçamentos, formas erradas, além da postura ao escrever (inclinação da folha, forma de segurar o lápis).
Geralmente a disgrafia está associada a outros transtornos como a dislexia e TDAH (transtorno do deficit de atenção e/ou hiperatividade). Aproximadamente 8% das crianças apresentam os sinais da disgrafia. A disgrafia pode ser diagnosticada caso a criança apresente vários sinais em conjunto, como os itens abaixo:
- dificuldade em identificar letras maiúsculas e minúsculas;
- escrita ilegível;
- misturar letras bastão e cursiva;
- omissão ou troca de letras constante;
- dificuldade de expressar o pensamento no papel;
- desordem da folha escrita;
- cópia lenta;
- manuseio incorreto do lápis ou caneta;
- pontuação deficiente ou inexistente.
O tratamento dos transtornos na aprendizagem é multidisciplinar, ou seja, através de várias áreas com profissionais especializados como neuropediatra, psicopedagogo, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional entre outros.
O diagnóstico precoce é importante para que a criança tenha um tratamento adequado, através de uma equipe interdisciplinar, com o foco no seu desenvolvimento e minimizando o prejuízo no aprendizado escolar.
FONTE:
http://www.itad.pt/tratamento-de-psicologia/disgrafia/