Algumas crianças ainda em fase pré-escolar desenvolvem o hábito de caminhar na ponta dos pés, podendo esse comportamento ser contínuo ou em situações pontuais. Esse comportamento na locomoção pode acontecer de forma natural e espontânea, ou seja, sem ter qualquer associação com algum distúrbio físico ou intelectual. Mas, estudos apontam que esse hábito é bem mais frequente em crianças com problemas de desenvolvimento intelectual do que em crianças neurotípicas.
É comum indivíduos dentro do Transtorno do Espectro do Autismo apresentarem dificuldades relacionadas às habilidades motoras e o caminhar na ponta dos pés pode ser uma forma de auxílio para compensar esse distúrbio vestibular. Geralmente na idade adulta, esses indivíduos tendem a não persistirem nessa forma de locomoção.
É extremamente importante consultar um profissional qualificado para averiguar as causas que levam a criança a preferir esse tipo de marcha.
Existem muitos tratamentos para esse caso e a intervenção precoce é a forma mais eficaz para remover o hábito instalado e prevenir possíveis danos colaterais como problemas ortopédicos e musculares.
Mais de 70% das crianças neurotípicas param de caminhar na ponta dos pés espontaneamente, sem alguma terapia específica.
Persistindo o hábito por mais de cinco ou seis meses, é aconselhável buscar diagnóstico e terapia adequados.
Referências:
https://www.autismparentingmagazine.com/autism-toe-walking/
https://www.dr-gumpert.de/html/zehenspitzengang_kind.html